O Pix revolucionou a forma como os brasileiros realizam transferências e pagamentos. Rápido, gratuito e disponível 24 horas por dia, o sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central do Brasil (BCB) se consolidou como um dos principais meios de transação financeira no país.
Com essa popularização, surge uma pergunta cada vez mais comum: é possível fazer Pix Internacional? Neste artigo, vamos esclarecer essa dúvida, mostrar o que já existe em termos de soluções para transferências internacionais rápidas, e explicar as perspectivas para o futuro do Pix Internacional.
Afinal, é possível fazer Pix Internacional?
Hoje, não é possível fazer Pix Internacional oficialmente. O sistema Pix, criado e regulado pelo Banco Central do Brasil, funciona apenas para transferências domésticas, ou seja, entre contas bancárias e instituições financeiras situadas no Brasil.
Portanto, não é possível enviar ou receber um Pix diretamente de outro país utilizando o sistema oficial do Banco Central.
Porém, existem alternativas e iniciativas que já oferecem experiências semelhantes ao Pix Internacional, usando tecnologias e processos que permitem realizar transferências internacionais instantâneas e com baixos custos.
Como funciona o Pix atualmente?
O Pix funciona com base em transferências instantâneas dentro do Brasil. Entre suas características principais estão:
- Gratuidade: para pessoas físicas.
- Rapidez: transações concluídas em até 10 segundos.
- Disponibilidade: funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana.
- Facilidade: basta usar uma chave (CPF, e-mail, telefone ou chave aleatória).
Esses benefícios despertam o desejo de um Pix Internacional, que permita enviar dinheiro para o exterior com a mesma agilidade e simplicidade.
Por que ainda não existe um Pix Internacional oficial?
Apesar do sucesso do Pix no Brasil, existem diversos desafios que impedem sua operação direta entre países:
1. Regulamentação cambial
Cada país possui leis e regras específicas para controlar o fluxo de capitais, combater a lavagem de dinheiro e garantir a segurança do sistema financeiro. Unificar ou harmonizar essas regulamentações é complexo.
2. Conversão de moedas
O Pix brasileiro opera em real (BRL). Para funcionar internacionalmente, seria necessário integrar processos automáticos e transparentes de conversão cambial, algo que ainda não está implementado.
3. Infraestrutura global
Embora o Pix seja altamente eficiente, ele foi desenhado para o território brasileiro. A expansão para o exterior requer acordos bilaterais ou multilaterais entre bancos centrais e sistemas de pagamento de diferentes países.
4. Segurança e compliance
Garantir que transações internacionais sejam seguras e rastreáveis, prevenindo crimes financeiros, é outro desafio fundamental.

Quais são as alternativas para quem quer enviar dinheiro para o exterior hoje?
Embora não exista o Pix Internacional oficial, várias fintechs e bancos digitais oferecem soluções para quem deseja enviar e receber dinheiro do exterior com rapidez e baixo custo, muitas vezes oferecendo uma experiência semelhante ao Pix.
Veja algumas das principais opções:
1. Wise (antiga TransferWise)
- Transferências internacionais com taxas reduzidas.
- Conversão cambial com spread transparente.
- Prazo: na maioria dos casos, a transação é concluída em minutos ou poucas horas.
2. Remessa Online
- Pode ser uma alternativa (https://www.remessaonline.com.br/ ) para empresas e pessoas físicas.
- Plataforma brasileira que permite envio e recebimento de dinheiro do exterior.
- Processo 100% online e com custo competitivo.
3. Western Union Digital
- Solução tradicional que evoluiu para o ambiente digital.
- Transferências mais rápidas do que nos métodos tradicionais, com retirada em agências ou crédito em conta.
4. PayPal e plataformas digitais
- Oferecem transferências internacionais, mas com custos que podem ser mais elevados.
- Boa opção para quem já utiliza a plataforma para compras online.
Essas alternativas, embora não sejam Pix Internacional, permitem enviar dinheiro ao exterior de forma mais rápida e barata do que pelos métodos tradicionais.
O que é o Pix Internacional?
O Pix Internacional é uma proposta em desenvolvimento pelo Banco Central do Brasil, que visa permitir transferências instantâneas entre diferentes países, usando o mesmo modelo do Pix nacional.
A ideia é que brasileiros possam enviar dinheiro para outros países, e estrangeiros possam enviar dinheiro para o Brasil, de forma instantânea, segura e barata.
Atualmente, o Pix Internacional ainda não está implementado, mas há iniciativas e discussões em andamento, tanto no Brasil quanto em fóruns internacionais, para tornar essa proposta uma realidade.
Quais são os avanços em direção ao Pix Internacional?
O Banco Central do Brasil participa ativamente de fóruns e grupos de trabalho internacionais que discutem a interoperabilidade de sistemas de pagamento instantâneo. Isso significa criar padrões que permitam que diferentes sistemas, como o Pix, “conversem” entre si.
Alguns avanços importantes incluem:
Adoção do padrão ISO 20022
O Pix já utiliza esse padrão internacional de mensagens financeiras, o que facilitará sua integração com sistemas de outros países.
Parcerias e testes internacionais
Exemplos como a integração entre PromptPay (Tailândia) e PayNow (Singapura) mostram que é possível conectar sistemas de pagamento instantâneo de diferentes países, reduzindo o tempo e o custo das transferências internacionais.
O Banco Central do Brasil estuda modelos semelhantes, o que pode inspirar a criação do Pix Internacional.
Desenvolvimento do Drex
O Drex, nome oficial do real digital, a moeda digital brasileira, pode ser um importante facilitador do Pix Internacional, ao permitir liquidações automáticas e instantâneas em transações internacionais.
Quais seriam os benefícios do Pix Internacional?
A implementação do Pix Internacional traria diversos benefícios para usuários e empresas:
Transferências instantâneas e baratas
Assim como o Pix nacional, as operações seriam realizadas em segundos, com custos reduzidos ou até mesmo gratuitos.
Facilidade de uso
A ideia é manter o mesmo modelo de chaves Pix, eliminando a necessidade de dados bancários complexos ou códigos SWIFT.
Estímulo ao comércio internacional
Empresas, especialmente pequenas e médias, poderiam realizar pagamentos e receber valores do exterior com mais facilidade, estimulando as exportações e importações.
Inclusão financeira
Ajudaria populações desbancarizadas ou com pouco acesso a serviços financeiros tradicionais, que hoje enfrentam barreiras e custos elevados para transferências internacionais.
Quais são os desafios para o Pix Internacional?
Apesar dos avanços e das perspectivas promissoras, existem obstáculos que precisam ser superados para que o Pix Internacional se torne realidade:
Harmonização regulatória
É necessário criar um ambiente jurídico e regulatório comum, que permita o trânsito seguro e legal de recursos entre países.
Conversão cambial transparente
O sistema precisa garantir a conversão de moedas de forma automática e justa, evitando spreads excessivos.
Segurança e prevenção a crimes financeiros
Transações internacionais ampliam os riscos de fraudes, lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo, exigindo medidas rigorosas de compliance e segurança.
Adoção tecnológica
Nem todos os países possuem sistemas de pagamento instantâneo tão avançados quanto o Pix. A adoção global requer investimentos em infraestrutura tecnológica.
Quando o Pix Internacional poderá ser uma realidade?
Embora ainda não haja uma data oficial para o lançamento do Pix Internacional, especialistas acreditam que os primeiros projetos-piloto possam ser testados nos próximos 2 a 3 anos.
A perspectiva é que, a partir de 2026, o Brasil inicie projetos-piloto ou parcerias bilaterais com países que já possuem sistemas compatíveis, como:
- União Europeia (com o SEPA Instant).
- Singapura.
- Índia.
A implementação total dependerá da maturidade tecnológica, da vontade política e da cooperação internacional.
Como posso me preparar para usar o Pix Internacional no futuro?
Embora ainda não esteja disponível, é importante ficar atento às evoluções do sistema financeiro e adotar boas práticas:
- Mantenha-se informado: acompanhe as notícias e atualizações sobre o Pix Internacional em sites especializados, como o pixinternacional.com.br.
- Adote o Pix nacional: se ainda não usa, comece a usar o Pix no Brasil, familiarizando-se com seu funcionamento.
- Explore fintechs: utilize plataformas como Wise e Remessa Online para ter experiências semelhantes à do Pix Internacional.
O Pix Internacional é uma realidade futura promissora
Em resumo, ainda não é possível fazer Pix Internacional oficialmente, mas essa inovação está cada vez mais próxima. O Banco Central do Brasil, em parceria com organismos internacionais, está empenhado em viabilizar a criação de um sistema que permita transferências rápidas, seguras e baratas entre países.
Enquanto isso, soluções alternativas já oferecem experiências semelhantes, reduzindo o custo e o tempo das transferências internacionais.
No pixinternacional.com.br, seguiremos acompanhando e atualizando você sobre todas as novidades e avanços nessa área, ajudando a entender como e quando será possível, de fato, fazer um Pix Internacional.
Fique ligado e acompanhe nossos próximos conteúdos!
FAQ – Perguntas frequentes
1. Posso enviar um Pix do Brasil para o exterior?
Não, o Pix atualmente só funciona para transações dentro do Brasil.
2. Existem alternativas ao Pix Internacional?
Sim. Fintechs como Wise e Remessa Online permitem transferências rápidas e com baixo custo.
3. Quando o Pix Internacional será lançado?
Ainda não há data oficial, mas especialistas apontam que poderá ser implementado a partir de 2026.
4. O Pix Internacional será gratuito?
Espera-se que tenha custos reduzidos, mas isso dependerá da regulamentação e dos acordos entre países.
Veja também: Pix internacional: O futuro das transações internacionais!